O uso de temperos é definitivamente determinante para tornar um prato saboroso. Com a administração adequada de temperos e iguarias é possível desapegar do sal, que é prejudicial à saúde e afeta os sistemas sanguíneo e renal, entre outros possíveis problemas.
A combinação de especiarias é o que confere uma identidade única e especial a uma receita. Além de beneficiar a saúde, essa prática também pode contribuir com o marketing do seu restaurante, fazendo dele um lugar com pratos deliciosos e inesquecíveis.
Para isso, o segredo é saber utilizar a infinidade de ervas de maneira a explorar o potencial de cada prato, valorizando a sua preparação. Confira a seguir 10 tipos de temperos naturais para adotar na preparação dos pratos do seu restaurante.
1 – Cebola e alho
Vamos começar a partir dos temperos mais básicos, versáteis e tradicionais, e não à toa os preferidos na culinária: a cebola e o alho.
A cebola é rica em vitaminas A e C, e ajuda a aliviar problemas respiratórios. Para um prato perfeito, é importante evitar o cozimento excessivo deste tempero, pois pode perder os seus nutrientes se levado a altas temperaturas. O mesmo vale para o alho.
Para aproveitar ao máximo o potencial da cebola, utilize-a crua ou levemente refogada ou cozida.A cebola é um vegetal multifuncional, e pode ser utilizada de diversas formas: fresca como base aromática, como tempero para qualquer tipo de receita salgada, como componente de uma receita ou até mesmo como prato principal.
Ela combina com diversos tipos de carnes, molhos, saladas, sopas, legumes, conservas, risotos, recheios de massa, tortas salgadas, fornadas, cozidos, etc.
Assim como a cebola, o alho também é um grande aliado da saúde. Como tem grande poder anti-inflamatório, ajuda a combater a gripe, a tosse e o resfriado. Também ajuda a controlar o colesterol e auxilia na redução da pressão arterial.
Seus dentes podem ser consumidos crus, fritos ou cozidos, sejam inteiros, cortados, picados ou esmagados. A forma como é preparado é grande determinante do sabor final de um prato: para um sabor suave, utilize um dente inteiro; se picados, os dentes conferem um sabor mais intenso; quando esmagados, atingem um sabor ainda mais forte.
Podem ser utilizados para enriquecer todo tipo de prato, das saladas às sopas, das carnes às massas, das aves aos peixes. Unidos, a cebola e o alho são com certeza os maiores aliados de quem cozinha.
2 – Orégano
O orégano também é um tempero natural muito importante para a culinária, além de ter significativa atuação em favor do sistema imunológico, devido as suas propriedades antioxidantes.
É um condimento bastante popular na Itália, comumente estando presente em pizzas, vegetais refogados, carne e em diferentes tipos de molho. Sempre que investir em pratos da culinária italiana, portanto, não se esqueça do orégano!
Essa erva também é muito utilizada na cozinha do Mediterrâneo. São utilizadas suas folhas, que podem ser frescas ou secas, dando sabor e aroma inconfundíveis aos pratos. Para ser usada na culinária, as folhas secas são consideradas as ideais, devido ao seu sabor mais agradável.
Em Portugal, o orégano é muito utilizado nos caracóis, em caldeiradas e em saladas de tomate e queijo fresco. Também cai muito bem quando usada como tempero de omeletes e tapiocas.
Em menor medida, essa iguaria também aparece nas cozinhas espanhola, francesa e mexicana.
3 – Manjericão
O manjericão é um condimento também muito popular na gastronomia italiana, e possui um sabor bastante característico. É muito utilizado principalmente em molhos de tomate, compondo uma parceria importante com o orégano.
É rico em vitamina C, e por isso também tem grande poder antioxidante.
Essa erva é originária de regiões da Ásia e da África, e suas folhas são utilizadas como um tempero aromático. Sua principal e mais popular atuação é na pizza margherita, mas o manjericão também é um ingrediente básico para o pesto genovês.
Além dessas receitas tradicionais, o manjericão pode ser utilizado em saladas, pratos de massa, omeletes, sanduíches e molhos à base de tomate. Como as suas folhas são muito delicadas, o ideal é que sejam sempre colocadas por último ao fazer receitas de alimentos cozidos, assim evita-se que a erva perca seus princípios ativos.
4 – Cheiro verde
A combinação do cheiro verde também é amplamente utilizada na culinária, e é composta pela junção entre a salsinha e a cebolinha. Não é à toa que essas duas ervas estão sempre presentes em hortas caseiras.
A salsinha pode ser consumida fresca ou desidratada. Há dois tipos: a salsa lisa ou italiana e a salsa crespa. A salsa lisa possui um sabor mais robusto, e é a mais utilizada na preparação de alimentos. A crespa é muito usada para a decoração de pratos, como sopas, molhos, saladas, patês, sanduíches, etc.
A salsa combina principalmente com alimentos ricos em amido, como feijão, batata e grãos variados, como o grão-de-bico, por exemplo. Além disso, harmoniza bem com legumes de cor laranja, como a cenoura e a abóbora.
Também pode servir para complementar o sabor de ingredientes picantes, como anchovas, alcaparras, azeitonas e pimenta vermelha. Para aromatizar, combina bem com queijos como o parmigiano e a ricota fresca, e serve como um ótimo recheio para o omelete.
A cebolinha, por sua vez, pode ser utilizada na finalização de quase todos os pratos. É uma importante fonte de minerais, como o cálcio e o fósforo, e ajuda a combater a hipertensão arterial.
Ela pode ser utilizada como tempero básico, ou pode servir para a elaboração de pratos como sopas, caldos, omeletes, purês, etc.
Quando adicionada a uma salada fresquinha, ajuda a reforçar a sensação de refrescância. Em legumes cozidos é um excelente complemento. Dê preferência por usar cebolinha fresca sempre que possível para garantir um sabor ainda mais especial as suas receitas.
5 – Alho-poró
O alho-poró é considerado um vegetal sofisticado. É muito versátil, e pode ser utilizado cru, cozido ou assado.
Rico em fibras, o alho-poró ajuda a controlar a pressão arterial, ajuda na digestão e confere sensação de saciedade.
Essa iguaria ajuda a acrescentar um sabor especial a caldos, quiches, purês e sopas, mas também cai muito bem como tempero para peixes e, quando cru, em saladas. Neste último caso, o ideal é que seja o principal ingrediente do prato. Além disso, combina muito bem com alcachofras, como em um risoto, por exemplo.
As folhas do alho-poró são normalmente descartadas, mas podem ser utilizadas na preparação de caldos, por exemplo, onde contribuem de maneira a incorporar o sabor, ou no bouquet garni, combinação de ervas frescas muito utilizado na cozinha francesa.
6 – Louro
O louro é uma folha aromática que libera seu sabor aos poucos, por isso é muito utilizada em preparações de cozimento longo. Ele também faz parte do bouquet garni, amarrado de temperos citado acima que é comumente utilizado em receitas de caldos e molhos.
A folha do louro estimula o apetite e ajuda na digestão. Essa erva é muito utilizada na preparação de feijão, carnes, caldos, sopas, cozidos e até mesmo em marinadas e picles.
Combina especialmente com leguminosas, como feijões e lentilhas, entre outros, mas também fica ótimo se usado para temperar carnes, como frango, carneiro, carne de boi e frutos do mar.
Esse tempero ajuda a dar um sabor especial ao molho branco, mas também combina bem com o molho de tomate tradicional. Não deve ser usado em demasia, pois seu gosto é muito forte, e deve ser retirado antes do prato ser servido.
Suas folhas devem ser partidas, para que dessa forma sejam liberados os seus compostos aromáticos. Elas podem ser amassadas com a mão antes de serem acrescentadas na receita. As folhas frescas possuem um sabor mais amargo do que quando secas, que têm gosto mais potente e se incorporam melhor à comida.
Também pode ser vendido em pó, mas devido a forte concentração, o uso dessa forma deve ser feito com cuidado.
O louro também pode ajudar a aromatizar arroz doce e frutas, principalmente as cítricas.
7 – Gengibre
O gengibre é uma iguaria muito popular na culinária japonesa, e pode ser consumido seco ou ralado. É responsável por dar sabor fresco e levemente picante às receitas nas quais é adicionado.
Possui propriedades anti-inflamatórias, e por isso é um grande aliado contra as dores causadas pela artrite e os sintomas de infecções respiratórias, como tosse, asma e bronquite.
Esse tempero pode ser utilizado principalmente em receitas de carnes assadas.
8 – Alecrim
O alecrim possui um cheiro forte e bastante característico, e seu sabor é marcante e amadeirado. É muito utilizado na culinária europeia, principalmente nas cozinhas italiana e francesa.
Essa erva ajuda a combater o vírus da gripe, além de também prevenir doenças dos rins e dos olhos.
Seu sabor fica ainda mais concentrado quando suas folhas não estão frescas, sendo que é recomendado utilizar uma quantidade menor dessa iguaria. Tanto o ramo quanto suas folhas longas podem ser acrescentados às receitas.
É muito utilizado na preparação de carnes vermelhas, especialmente quando grelhadas. Também é interessante para temperar cordeiro, frango assado, vitela, porco e peixes.
Ao contrário de outras folhas, o alecrim não perde seu sabor no cozimento. Para fixar bem seu sabor às carnes assadas, utilize o alecrim para massageá-las antes de levá-las ao forno.
O alecrim também pode ser usado para preparar manteigas e torradas, para aromatizar vinagres e para decorar pratos prontos antes de servi-los. Faz parte do herbes de provence, conhecido tempero francês.
9 – Coentro
É muito utilizado na gastronomia do norte e do nordeste do Brasil, onde o “cheiro verde” é feito de coentro com cebolinha. Possui sabor peculiar e marcante, que nem sempre agrada a todos. Ajuda a aliviar os sintomas de indigestão e no controle do colesterol.
O coentro pode ser utilizado de diversas maneiras. Seus grãos e sementes são muito usados como condimento e possuem gosto adocicado (bem diferente das folhas), aparecendo até mesmo em bebidas, como cervejas e licores, fazendo uma parceria especial com cascas de laranja. Também são utilizados no preparo de pães, sopas e caldos. Já as raízes da planta aparecem em pratos da culinária tailandesa, como sopas e curry.
Mas são as folhas e os talos os itens mais populares do coentro. Suas folhas frescas caem bem em pratos com peixes e frutos do mar.
Na culinária mexicana, pode servir como tempero de salsa e guacamole. Já na cozinha indiana, é usado para temperar o dahl, um saboroso cozido de leguminosas.
10 – Pimentas
Por fim, mas não menos importante, falaremos das pimentas e suas diversas variedades.
Além de acrescentar um sabor único aos pratos, as pimentas também são ricas fontes de vitaminas e minerais. A substância capsaicina presente na pimenta é a responsável por sua ardência, e ajuda a reduzir o colesterol ruim do sangue e a acelerar o metabolismo do corpo.
Há uma infinita variedade de cores e intensidades de sabor entre a família das pimentas. As vermelhas são consideradas de sabor mais forte do que as verdes. Elas podem ser classificadas como doces ou quentes, sendo as primeiras menos ardidas.
Confira a seguir alguns tipos de pimenta e suas principais formas de uso na culinária.
Dedo-de-moça
Essa pimenta possui aroma fraco e picância média. São caracterizadas pela sua coloração vermelha e formato alongado.
São muito utilizadas em molhos, conservas, temperos para carnes, queijos e massas. Também podem combinar com algumas sobremesas em sua versão desidratada, também conhecida como pimenta calabresa.
Pimenta-de-cheiro
Essa pimenta possui lugar especial na cozinha nordestina, e apresenta grande variedade de cores, formatos e intensidade de pungência. Podem ser desde amarelas a pretas, e sua intensidade de sabor acompanha as cores.
Com aroma marcante, são muito utilizadas para temperar saladas e peixes.
É nessa categoria que se encontra a pimenta biquinho, que foi amplamente difundida em todo o território brasileiro. Ela cai bem como tempero de peixes e carnes, e é especialmente conhecida pelas suas conservas, que podem ser feitas à base de vinagrete ou com aguardentes.
Pimenta-do-reino
Essa é uma das pimentas mais conhecidas ao redor do mundo. Com sabor marcante e ardência leve, a pimenta-do-reino pode ser utilizada verde (fresca), preta (madura e seca ao sol) ou branca (madura, seca ao sol e sem a casca).
Essa pimenta cai bem em quase todos os pratos, e é a ideal para a preparação de peixes, carne vermelha, frango e carne suína.
Pimenta malagueta
A malagueta também é muito conhecida, e possui ardência de moderada a forte, apesar do seu aroma ser mais fraco. Seus frutos possuem formato alongado, e podem ser usados quando ainda verdes ou vermelhos, tonalidades que indicam o seu nível de maturação.
Esse tipo de pimenta é muito usado em conservas, molhos, feijoadas, acarajé e outros pratos nordestinos. Também serve para temperar peixes e carnes.
Pimenta doce (ou americana)
Essa pimenta possui tonalidade verde e brilhante, e formato alongado. Seu aroma é fraco, e também não possui forte ardor, sendo mais adocicada.
Combina bem com a preparação de molhos e em temperos de carne. Pode substituir o pimentão em diversos pratos.
Pimenta jalapeño
Essa pimenta pode ser consumida em sua forma natural, desidratada, em molhos de pimenta ou até mesmo em pó. O chipotle, muito presente em receitas brasileiras, é feito a partir da jalapeño desidratada e defumada.
Tem origem no México, e é ideal em receitas originárias deste país para conferir um sabor típico e bem característico, como em burritos e tacos, por exemplo. Além disso, a pimenta jalapeño também pode ser combinada com carnes e grãos, como feijões e lentilhas.
Pimenta chili
Essa pimenta também é de origem mexicana. Harmoniza muito bem com pratos da região, mas é também muito utilizada pela culinária italiana, conferindo sabor especial a molhos cremosos, pastas, cremes, molhos de tomate e carnes de todos os tipos.
É uma pimenta bem ardida, que serve também para complementar o sabor de drinks de vários sabores.
Pimenta-da-jamaica
Seu aroma é mais marcante do que propriamente seu sabor, e deve ser explorada para fazer conservas e molhos de legumes, carnes com sabor mais acentuado, frutos do mar e doces.
Pode ser encontrada em grãos ou em pó, e seu sabor e coloração remete a noz-moscada ou ao cravo-da-índia.
Tabasco
A pimenta tabasco dá origem ao molho, que é muito famoso ao redor do mundo. Esse tipo é originário do Chile, e faz parte de diversos pratos da região, como cozidos e ensopados.
Além disso, é também muito usado em bebidas alcoólicas, como o Blood Mary, por exemplo.
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